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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Entrevista com o Autor Jackson da Mata

Olá pessoal, tudo bom ? Bom, vou postar hoje a entrevista que eu fiz com o autor Jackson da Mata, autor de "O maior dos desafios" e "A próxima cartada" espero que curtam conhecer um pouco mais esse autor.



1) Quais sentimentos te levou a escrever o livro ? Qual sua visão sobre ele?

R: Há uns dez anos visitei uma vila no interior do Amazonas e ouvi histórias de ex hansenianos. Relatos surpreendentes de vitimados, não só por uma doença milenar, mas pelo preconceito. Essa visita foi uma semente que brotaria anos mais tarde nas páginas impressas de A Próxima Cartada. Eu não pensava em escrever um livro quando colhi esses relatos na memória. Mas, pensar em um sentimento que me levou a escrever A Próxima Cartada, talvez seja uma mescla de amor e ódio. Amor pelos que foram vitimados pela doença milenar e ódio pelo modo em que foram tratados pela sociedade e pelo governo brasileiro.

2) Qual o significado do titulo ? De onde veio?

R: A Próxima Cartada é uma tentativa de fuga do monótono, do comum. Uma ação inesperada que faz alusão a desilusão social. Veio do estado em que o personagem principal, (Otto Sibarita) estava se enclausurando na criação do enredo.

3) Como é ter um livro publicado ?

R: Publicar é tornar público e é preciso uma relação de confiança com o que você escreve. Eu já tive muitos escritos que precisei lançá-los ao lixo. Comecei pensando que eu seria musicista, compositor; e de fato escrevi várias letras. Mas se eu as considerasse boas sairia tornando-as publicas. E como é arriscado você tornar público os seus rascunhos de aprendizagem. Amo a arte de se expressar através da letra! – Me alegro, não em ver meus livros publicados, mas em saber que eu fui capaz, fazendo o que gosto, de contribuir com algo.

4) Como escritor creio que goste muito de ler. Quais gêneros literários mais lhe agradam?

R: Leio de tudo. Não os modismos literários, mas a que estimula a consciência política e social,... É lamentável ver nossos “leitores” nas filas dos cinquenta tons,... Mas essa é outra história! - Gosto de Graciliano, Érico Veríssimo, Machado, Chesterton. Não dá pra enumerar autores aqui, mas a vasta literatura me encanta. Tenho um pequeno acervo de livros que faço questão de cheirar todos os dias. A literatura aponta caminhos e é de fundamental importância que nosso país seja pensado e repensado através da literatura. Tenho uma queda por ensaios, contos, crônicas e romances.

5) O que você sente quando vê uma ótima crítica sobre o seu livro?

R: Penso: Valeu à pena, mas: “Cuidado com o ego!”. O grande mal que assola muitos escritores é o orgulho. Conheço vários com essa síndrome! – Assim como um pedreiro trabalha na arte da construção, um escritor oficializa-se nas letras. Nada demais!

6) Como foi a experiência durante o processo de escrita do livro?

R: Há alguns anos quando decidi que queria escrever meu primeiro romance, entendi que precisava sair do meu ambiente, meu conforto. Saí de Manaus e por um pouco mais de um ano morei em Santa Catarina. O sul do Brasil sempre me encantou; encantou tanto que casei com uma gaúcha, de Gramado. Por lá mergulhei nos livros e conheci algumas cidades, como: Porto Alegre, Passo Fundo, Foz do Iguaçu, Ciudad Del Est, no Paraguai, Puerto Iguaçu na Argentina, locais em que acabei ambientando a trama, apesar de que é em Brasília e no Amazonas que se passam a maior parte da narrativa. - A distância do seu conforto familiar te ajuda a entender o que se passa pelo seu país e põe à prova os seus verdadeiros sonhos. - Foi morando sozinho, onde não tenho nenhum tipo de parentesco, que tive a experiência de conhecer o quanto nossa sociedade está individualista, insegura e cultiva seus medos. Como um cão que marca território, nossa sociedade teme a tudo o que soa estranho ao seu ambiente.

7)Você pretende publicar mais livros ? Já está trabalhando em algum?

R: Pretendo continuar escrevendo até que Deus me leve aos aposentos eternos. Atualmente estou escrevendo um romance,  mas por enquanto o assunto do romance é segredo. Nesses meios períodos venho publicando contos e crônicas em antologias, pois acho legal o compartilhamento.

8)Quais desafios você teve de enfrentar para a publicação do seu livro ?

R: Quando você publica o primeiro livro, o segundo fica mais fácil. Meu editor gostou do projeto, apesar de ser 100% diferente do primeiro e quis juntá-lo ao catálogo. O desafio maior foi falar sobre o primeiro livro, (O Maior dos Desafios) que era uma mensagem que eu precisava passar, estando com os pensamentos subversivos do segundo livro. Eu me sentia em outra galáxia!

9) Você está realizado com a publicação do livro ? Qual o seu sentimento em relação a isso?

R: É algo a menos pra se preocupar. Depois que eu publico um, fico livre pra pensar em outros.

10) Por fim, o que deseja para os leitores ?

R: Espero que gostem e entendam que, apesar de ser baseado na realidade monótona, é só ficção. Mas uma ficção que beira a realidade!


Entrevistado: Jackson da Mata


Biografia: 

JACKSON DA MATA nasceu em Manaus e faz parte da nova safra de escritores Amazônidas. Romancista, contista, cronista e apaixonado por literatura, busca através do ministério da arte impressa expressar suas idéias. Além de ficcionista o autor se dedica a literatura Cristã, no qual pela Editora Giostri publicou a sua estréia literária – O Maior dos Desafios: um caminho para o despertar da graça e o Romance – A Próxima Cartada. Publicou em antologias e mantém o blog: (www.jacksondamata.wordpress.com) onde difunde algumas de suas crônicas. Página do autor no facebook:  www.facebook.com/escritorjacksondamata


Conheça as obras do autor.



Sinopse - O Maior dos Desafios - um caminho para o despertar da graça - Jackson da Mata

(...) uma obra de caráter excêntrico no qual decorre de forma concisa sobre questões não resolvidas na igreja institucional. O autor não se intimida em suas palavras ao abordar fatos que traçam a personalidade humana. Em uma profunda convicção se sente desafiado e expõe com clareza os problemas abrangentes na igreja institucional. Ao mesmo tempo, numa demonstração de compaixão, o autor mostra que através do serviço ao próximo, somos levados ao aperfeiçoamento da comunhão com o Criador e a uma melhor compreensão do evangelho da graça. Destarte o livro abrange a vida e obra de ministros que marcaram época no decorrer dos tempos e a batalha traçada em prol da liberdade cristã. O maior dos desafios é uma obra magistral, apaixonadamente escrito. Um livro bastante interessante e conciso. Junte-se ao autor nesta mensagem convidativa da graça e descubra qual o maior dos desafios da igreja Cristã no século XXI.



Sinopse - A Próxima Cartada - Jackson da Mata

A Próxima Cartada é a saga peregrinatória de Otto, perpassada entre o final da década de 20 do século passado, encerrando-se nos dias atuais; onde uma família é vitimada por uma doença milenar que, sem controle previsto, continua a fazer inúmeras vítimas pelo globo. Temendo o descontrole, o governo brasileiro, a exemplo de muitos países, começa uma caçada aos vitimados pela doença, com o apoio, de forma preconceituosa e segregacionista da sociedade. Neste visível sistema político discriminatório, Otto Sibarita, sofre abusos morais, descaso público e exclusão social, carregando sequelas por toda uma vida. A referencial desta ficção, que beira a triste realidade histórica de um país que não sara as suas feridas, é o resgate da memória de um povo que clama por justiça: os subjugados pelo preconceito; vítimas de uma sociedade despreparada e cruel. Com um alternado e movimentado ambiente, onde a ação, a utopia e a frustração se entrelaçam em uma ambientada narrativa histórica brasileira, Otto Sibarita reconhece que a vida é um jogo e, como tal, precisa entrar na jogada. Acontecimentos inesperados, pessoas comuns do dia a dia e personagens históricos encontram-se na narrativa do turista, que descreve, na terceira pessoa, a história que ouve da boca do velho de olhos luzentes, em um rústico restaurante de uma cidade interiorana da Amazônia. “A vida é um empreendimento arriscado. É triste, mas é verdade: a vida mais parece um jogo em que precisamos ser cautelosos com a próxima cartada.” Será que Otto conseguirá reverter a jogada nessa massacrante e caótica sociedade individualista?


Ráyca de Oliveira

4 comentários:

  1. Gostei deste autor, um dos melhores novos escritores brasileiros. Entrevista nos aproxima com o escritor que escreve histórias que farão parte de nossas vidas.

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  2. Meu irmão Jackson da Mata, muito boa a entrevista... inspiradora! Deus continue a enriquecê-lo de ideias e sonhos... Alegro-me que nossa casa gerou dois escritores para o Brasil.

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